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Fúria Feminista – Episódio 06

24 horas de Solidariedade Feminista contra as Transnacionais.

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O dia 24 de abril é o Dia de Solidariedade Feminista contra as Transnacionais, convocado pela Marcha Mundial das Mulheres para exigir justiça para as vítimas do desabamento do Edifício Rana Plaza, em Bangladesh e, junto com as trabalhadoras têxteis mortas e feridas, evidenciar em que condições são feitas as roupas das grandes marcas. Mas vai além: em que condições são produzidos os alimentos nas grandes regiões dominadas pelo agronegócio, que exploram trabalhadoras e trabalhadores migrantes, em que condições é entregada a comida pedida através dos aplicativos, como trabalham as e is operários na mineração, hidrelétricas e empresas florestais para gerar energia e papel.

Em que condições e a que custo humano? Afirmamos já que o lucro não vale mais do que a vida.

A pandemia da COVID-19 exacerbou o teletrabalho como proposta para «não parar» a economia, para não parar de produzir, agora desde nossas casas (assumindo que temos as condições para isso). O teletrabalho é uma das grandes apostas nos denominados «trabalhos do futuro”, mas ainda não há regulações nem direitos trabalhistas que o abarquem. Vale lembrar que teletrabalho não é o mesmo que trabalhar de casa – que é majoritariamente está acontecendo agora.

Sobre isso, o “direito à desconexão” e a necessidade de proteger os dados pessoais das e dos trabalhadores diante da vigilância das empresas empregadoras, falamos com Marianna Fernandes, da Marcha Mundial das Mulheres da Suíça, e Sofia Scasserra, economista argentina, especialista em comércio eletrônico e acordos comerciais internacionais.

O teletrabalho em contexto de pandemia visibiliza ainda mais como as mulheres são encarregadas da economia do cuidado, agora sobrecarregadas pelo trabalho – produtivo e reprodutivo em casa – junto com o ensino dos filhos – o que paralelamente ameaça as professoras e professores ao passar-se para a educação digital sem recursos nem garantia alguma.

Na segunda parte do programa traçamos um panorama das dezenas de ações virtuais que foram realizadas pela Marcha Mundial das Mulheres no dia 24 de abril, ação à qual se somou a federação ecologista Amigos da Terra Internacional (ATI). Mostramos um pouco de como foi a ação do 24 de abril em Moçambique, onde é sediado o Secretariado Internacional da Marcha Mundial das Mulheres.

Letícia Paranhos, do programa Justiça Econômica e Resistência ao Neoliberalismo da ATI, nos falou sobre a participação da federação na atividade de Solidariedade Feminista e como se articulam as lutas dos movimentos feminista e ambientalista para exigir que as empresas transnacionais sejam responsabilizadas por suas violações aos direitos humanos.

 

 

 

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