Educação feminista é ação. Sem separar corpo e mente, sem separar ação de reflexão. Sem separar quem ensina de quem aprende, como se quem ensina não tivesse nada a aprender, ou como se quem aprende não tivesse nada a ensinar.
Nos acúmulos metodológicos da educação popular feminista, baseados na experiência, em muita experiência, vemos o seguinte: um grupo que se reúne para uma formação é um grupo único. O conhecimento não é apenas transmitido, ele é criado e elaborado pelo grupo. A educação popular feminista é também um momento de organização do movimento.
Escolhemos esse tópico para o episódio 13 do Fúria Feminista [1] porque em agosto ocorreu um grande evento em Honduras: a edição presencial da Escola Internacional para Organização Feminista Berta Cáceres (IFOS).
La IFOS reuniu mais de cem mulheres de dezenas de países das Américas, representando várias organizações e alianças: Marcha Mundial das Mulheres [2], Grassroots Global Justice [3], Amigos da Terra América Latina e Caribe [4], Jornada Continental contra o Neoliberalismo e pela Democracia [5], a Vía Campesina [6], a Confederação Sindical das Américas [7], o Movimiento de Mulheres Afectadas por Barragens [8], entre muitas outras.
Ao longo do programa, vamos nos aprofundar na experiência da IFOS com diferentes entrevistadas/es, bem como nas perspectivas feministas sobre educação popular. Neste episódio, também ouvimos a música de Karla Lara e compartilhamos um poema de Betty Cariño.
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Recomendações para saber mais sobre o tema:
Formação para a transformação: metodologias feministas [9]
Uma escola popular e feminista [10]